quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Por que os cães uivam



Cães normalmente substituem o latido pelo uivo em situações específicas para chamar a atenção


A cena é clássica: um cão ou um lobo uivando melancolicamente, com a lua cheia ao fundo. Mas não é só nas noites mais claras de luar que esses animais uivam. E você já parou para pensar poreles fazem isso?                  

De acordo com Rubia Burnier, veterinária especialista em comportamento animal, uivar é um recurso usado pelo cão para se comunicar à distância, uma ferramenta útil especialmente quando não há contato visual. Quando o animal uiva, sua voz atinge um timbre mas alto e ele pode ser ouvido de longe.
"O uivo de um cão pode ser percebido a quilômetros de distância e serve para chamar atenção, localizar e reunir os membros do grupo. Esse comportamento foi herdado do lobo e é uma característica marcante em algumas raças, como husky siberiano, samoieda e malamute do Alaska. Esses cães uivam em vez de latir", diz a veterinária.
Outro motivo que estimula o cão a uivar, ressalta a especialista, é a presença de uma cadela no cio, cujo cheiro se espalha pelo vento, atraindo machos mesmo distantes e criando assim uma "sinfonia de uivos". Uivar geralmente não significa dor ou sofrimento, mas muitas vezes serve para aliviar o tédio e a solidão. Pode ser também uma maneira de o cão extravasar sua frustração.
Segundo Rubia, cães que ficam sozinhos por períodos longos uivam numa tentativa de trazer de volta seus companheiros de matilha, no caso, a família. "O uivo também expressa excitação e contentamento, como aqueles cães que uivam quando ouvem música", exemplifica a veterinária.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Melhor idade” dos Pets


Limitações e necessidades da “melhor idade” dos pets

Futuros donos de animais de estimação ao se encantarem por carinhas meigas e fofas e adquirirem um pet ainda filhote raramente se dão conta de que cães e gatos também ficam velhos.Ainda que as fases de crescimento e de vida adulta sejam fundamentais para uma velhice saudável, é importante que os donos estejam atentos quanto às limitações e às necessidades da “melhor idade” dos pets, fase que requer cuidados especiais. Como nos humanos, na fase senil, há queda na atividade metabólica do organismo de cães e gatos. Os animais reduzem a atividade física, os dentes ficam enfraquecidos e muitas vezes aparecem doenças geriátricas, como artrites e artroses. É importante que nesse período da vida do pet, o alimento seja mais tenro, de fácil mastigação e que a alimentação seja condizente com o gasto energético do animal. Isso porque na velhice os animais tendem a apresentar uma diminuição da massa muscular e muitas vezes tornam-se obesos, mostrando a necessidade de uma alimentação com uma quantidade adequada de proteínas de alta qualidade para minimizar as perdas das reservas de proteína do organismo.A aparição de placas bacterianas e de mau hálito, além da perda de dentição também é muito comum durante a velhice, podendo dificultar a ingestão dos alimentos e, em casos mais graves, ser a causa da anorexia. Por isso, é essencial o proprietário realizar a escovação dos dentes do pet ou uma vez por ano levá-lo ao veterinário para prevenir a formação de tártaro.Outro cuidado para prevenir a progressão das mudanças metabólicas naturais resultantes do processo de envelhecimento é a prática de atividade física. Os exercícios contribuem para manter o tônus muscular dos pets e favorecem a circulação do sangue. A manutenção do peso corporal é um dos fatores determinantes para a prevenção de artrites e artroses. Cães em forma são menos predispostos a desenvolver problemas articulares.
Valer-se de paciência e atenção, além de dispensar uma parte do tempo para brincar com o pet, também pode prevenir problemas comportamentais, como resistência a mudanças da rotina diária ou mesmo a depressão. Cães, ainda mais do que gatos, são animais de grande sociabilidade e gostam de ter companhia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Convivência com cães beneficia saúde infantil


convivência com cães pode ajudar a prevenir doenças respiratórias nas crianças, particularmente a asma. A conclusão é de um estudo da Universidade da Califórnia que detetou que o pó das casas com cães é eficaz na proteção de infeções e no fortalecimento do sistema imunitário.
Convivência com cães beneficia saúde infantil

Os resultados do estudo foram apresentados esta terça-feira na reunião geral da American Society for Microbiology (ASM). De acordo com o comunicado divulgado pela ASM, descobriu-se que a inalação do pó com micro-organismos caninos é capaz de desencadear uma proteção contra o RSV, vírus responsável por variadas infeções respiratórias infantis.

Kei Fujimura, umas das investigadoras envolvidas no estudo, declarou que foram feitos vários testes em ratos. Aqueles alimentados por uma solução que continha o pó não exibiram sintomas de infeção após exposição ao vírus RSV. Os micróbios de origem canina desempenharam, aqui, um papel crucial ao acionarem uma resposta do sistema imunológico capaz de proteger o organismo contra a bactéria asmática.

Em estudos anteriores, “já se tinha associado o contato com cães a uma maior proteção contra a asma”, embora não fossem conhecidos os motivos concretos, sublinha Fujimura. Com esta nova investigação, concluiu-se que a proteção deriva dos microorganismos presentes na composição do pó de casas com cães.

Os cientistas encaram esta descoberta como um novo passo no combate às doenças respiratórias infantis. Resultante da colaboração entre o laboratório Lynch, da Universidade da Califórnia, e o laboratório Lukacs, da Universidade de Michigan, ambas dos Estados Unidos, a investigação deverá, agora, prosseguir para estudos mais aprofundados.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Mitos e verdades sobre a castração

A castração ainda é um assunto bastante polêmico para os proprietários de animais de estimação. Está associada à imagem de cães e gatos gordos e letárgicos, "cirurgia cruel", "mutilação do animal", etc.. É preciso desvendar o que há de falso e verdadeiro sobre a castração e entender bem quando ela é recomendada.
"A castração deixa o animal gordo"
Falso. A castração pode causar aumento do apetite, mas se a ingestão de alimento for controlada e o dono não ceder às vontades do animal, o peso poderá ser mantido. Observa-se que animais castrados quando jovens, antes de completar 1 ano de vida, apresentam menos sinais de aumento de apetite e menor tendência a se tornarem obesos. A obesidade pós castração é causada, na maioria das vezes, pelo dono e não pela cirurgia.


"A castração deixa o animal bobo"
Falso. O animal ficará letárgico após a castração apenas se adquirir muito peso. Gordo, ele se cansará facilmente e não terá a mesma disposição. A letargia é consequência da obesidade e não da castração em si. Os animais na fase adulta vão, gradativamente, diminuindo a atividade. Muitos associam erroneamente esse fato à castração.


"A castração mutila o animal, é uma cirurgia cruel!"
Falso. A cirurgia de castração é simples e rápida e o pós-operatório bastante tranquilo, principalmente em animais jovens. É utilizada anestesia geral e o animal já estará ativo 24 horas após a cirurgia. Não há nenhuma consequência maléfica para o animal que continuará a ter vida normal.


"A castração evita câncer na fêmea"
Verdadeiro. As fêmeas castradas antes de 1 ano de idade, têm chance bastante reduzida de desenvolver câncer de mama na fase adulta, se comparado às fêmeas não castradas. A possibilidade decâncer de mama é praticamente zero quando a castração ocorre antes do primeiro cio. A retirada do útero anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os 6 anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do órgão.


"O macho castrado não tem interesse pela fêmea"
Falso. Muitos machos castrados continuam a ter interesse por fêmeas, embora ele seja menor comparado a um animal não castrado. Se o macho é castrado e há uma fêmea no cio na casa, ele pode chegar a cruzar com ela normalmente, sem que haja fecundação.


"Castrando os machos eles deixam de fazer xixi pela casa"
Verdadeiro. Uma característica dos machos é demarcar o território com a urina. Se o macho, cão ou gato, for castrado antes de um ano de idade, ele não demarcará território na fase adulta. A castração é indicada também para animais adultos que demarcam território urinando pela casa. Nesse último caso, pode acontecer de animais continuarem a demarcar território mesmo após a castração, pois já adquiriram o hábito de urinar em todos os lugares.


"Deve-se castrar a fêmea após ela ter dado cria"
Falso. Ao contrário do que alguns pensam, a cadela não fica "frustrada" ou "triste" por não ter tido filhotes. Essa é uma característica humana que não se aplica aos animais. Se considerarmos a prevenção de câncer em glândulas mamárias, ela será 100% eficaz, segundo estudos, se feita antes do primeiro cio. O ideal é castrar o quanto antes.


Para que castrar os machos?
1. Evitar fugas. 
2. Evitar o constrangimento de cães "agarrando" em pernas ou braços de visitas.
3. Evitar demarcação do território (xixi fora do lugar).
4. Evitar agressividade motivada por excitação sexual constante.
5. Evitar tumores testiculares.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua.
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis comoepilepsiadisplasia coxofemuralcatarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

Se levarmos em conta quantas vezes um animal macho terá oportunidade de acasalar durante toda a sua vida reprodutiva, seria mais conveniente diminuir sua atração sexual pelas fêmeas através da castração. O animal "inteiro" excita-se constantemente a cada odor de fêmea no cio, sem que o acasalamento ocorra, ficando irritado e bastante agitado, motivando a fuga de muitos. O dono precisa vencer o preconceito, algo que é inerente aos humanos apenas, e pensar na castração como um benefício para seu animal.

Para que castrar as fêmeas?
1. Evitar acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais de estimação.
2. Evitar câncer em glândulas mamárias na fase adulta.
3. Evitar pio-metra (grave infecção uterina) em fêmeas adultas.
4. Evitar episódios frequentes de "gravidez psicológica" e suas consequências como infecção das tetas.
5. Evitar cios.
6. Controle populacional, evitando o aumento do número de animais de rua. 
7. Evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxofemural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças transmissíveis aos descendentes).

É errado o conceito de que a castração só deve ser feita em cadelas de rua. Se o proprietário não tem intenção de acasalar sua fêmea, seja ela de raça ou não, é desnecessário enfrentar cios a cada 6 meses, riscos de gravidez indesejável e, principalmente, de doenças como câncer de mama e piometra. A castração garante uma vida adulta bastante saudável para as fêmeas e bem mais tranquila para os donos